As Sinagogas





Em seu ministério terreno, vemos que Jesus muitas vezes pregou e visitou sinagogas. Paulo, o apóstolo dos gentios, também esteve presente em várias delas. Mas afinal, o que eram as sinagogas?

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Na época do Novo Testamento, a sinagoga era um lugar de adoração para os judeus. O rei Salomão, filho de Davi, foi o responsável pela construção do Templo de Jerusalém. Este templo era o centro da adoração dos judeus, um lugar de oração. Jerusalém foi tomada pelos babilônios em 586 a.C., esse povo destruiu a cidade, bem como seu templo. Agora com o templo destruído e o povo espalhado, os judeus começaram a construir lugares para adoração, reunião e estudo. Tais lugares se chamavam sinagogas.

Portanto, as sinagogas que surgiram depois do exílio, eram os meios mais importantes para manter a instrução religiosa, e a comunhão do povo. De maneira resumida, era a casa de oração dos judeus. Mas não apenas isso. As sinagogas serviam de templo aos sábados, tribunal e escola durante a semana, onde os meninos judeus estudavam as leis do Antigo Testamento e a religião judaica.

Muitas cidades onde houvesse dez ou mais famílias judias, já poderia haver uma sinagoga; esse costume começou nos dias de Esdras, depois do exílio.

Na época de Jesus, os judeus moravam em várias cidades, espalhados por todo o Império Romano e nessas cidades sempre havia essas casas de oração. O templo já havia sido reconstruído, mas para os que moravam distantes de Jerusalém, esses lugares eram o centro de suas vidas espirituais.

Os líderes das sinagogas eram mais administradores do que pregadores. Eles eram responsáveis pela supervisão da adoração, pelo cuidado com o edifício e também pelo funcionamento da escola durante a semana. Jairo, o homem cuja filha foi ressuscitada por Jesus, é identificado como um líder, ou chefe da sinagoga local. (Marcos 5:21-24; 35-43)

Não havia pregadores fixos nas sinagogas, eles sempre eram convidados. Por isso era muito comum chamar rabinos visitantes que ensinassem e pregassem, como Jesus, que era um mestre muito conhecido.

Uma das sinagogas visitadas por Jesus foi a de Nazaré. Nela Ele leu um pequeno trecho de Isaías, e afirmou que aquela profecia acabara de se cumprir, que Ele era o enviado de Deus. Todos na sinagoga se encheram de ira, o expulsaram e até o levaram ao topo de um monte, para de lá o lançarem. (Lucas 4:16-30)

Paulo também enfrentou problemas parecidos. Era seu costume procurar sinagogas em suas viagens, e provavelmente elas sempre estavam com as portas abertas para o receber, como recebiam a tantos visitantes. Quando Paulo falava nas sinagogas, sabiamente começava pelos textos do Antigo Testamento, textos aceitos pelos judeus. Ele caminhava pelo conhecido, até chegar ao desconhecido, explicando como Jesus, o Messias prometido, havia cumprido tudo aquilo.

Logo que começava a falar de Jesus como Messias, a porta antes aberta, era fechada. Algumas vezes, Paulo e seus companheiros chegaram ao ponto de ser quase apedrejados e expulsos da cidade. (Atos 14:1-7 e 17:1-9)

Isso acontecia porque os chefes das sinagogas tinham certa autoridade para julgar e impor castigos, incluindo açoites. Jesus advertiu seus discípulos que estes seriam perseguidos por sua causa, sendo entregues às sinagogas e prisões. (Lucas 21:12-15)

Apesar de tudo isso, as sinagogas foram importantes para o povo no período em que não tinham mais seu Templo em Jerusalém. E mesmo depois disso, pois a organização das igrejas primitivas foi moldada segundo o padrão das sinagogas. 

Esperamos que este estudo tenha te abençoado e enriquecido seus conhecimentos bíblicos. Até a próxima!

 




Postado em 31/05/2023

Aprofundamentos e Explicações Bíblicas